Demasia

Salvo o homem fica o poeta?
sua melancolia sóbria
e sua euforia embriagada
um tipo de herói sem causa

Se  fora humano comum

de que vale suas palavras?

E se não fora; de que fala
com doce soberba sabia?

Pode demasiado humano
dizer tanto sem ser nada?
Pode ser só mais um
com acertadas palavras?


Carlos Taepo 29/10/2010

Medo

Não tenha medo é só poesia
penetrando pelas veias

e sufocando a alma
não tenha medo e só poesia

Se não foste sincera
pelo ego, vaidade ou birra

a vida te cobra e te ensina

não tenha medo é só poesia

e mesmo só, sem nada
comprando bebida barata
embriaga-te e chora
sem medo, é só poesia

Carlos Taepo
(13/10/2010)

bela

Asi como la belleza de la selva

oculta sus peligros

Y la ola hermosa que se rompe

en las rocas pueden ser letales

Usted es una flor con espinas

Me duele, pero no puedo

Dejar de tocarte

Carlos Taepo

Agora

Agora sou comum

Sinto ate sono

Sou o que queria
De mim nada tenho

Onde esta meu palco?

Você veio e foi

Levou meu belo zelo

E minha febre

As vezes calado

Sóbrio me faço e como

...Quem sabe me caso...

Carlos Taepo

18 /09/2010

As verdades fundamentais do
universo
Confundidas com a louça suja
do almoço
Deuses entidades religiões
e mitos
Tudo se mescla e se alvoroça

Em uma torrente de paixões
e razoes
Presas, confusas, perdidas
em um sistema cardíaco

Eraldo A Bennine (polaco)
Carlos taepo

Você

distante dos olhos

abraça o travesseiro

meu peito carente

e você em seu leito

meu amor eterno

de amante e amigo

o tempo que passa

compõem meu sorriso

saudade da jeito

na magia da vida

de longe te vejo

em segredo te digo

que vejo em sonho

que sonha comigo

porto

Sentindo seu cheiro

Do ombro a nuca

Escorrego meu rosto

As mãos passeiam

Segurando forte a coxa

Buscando os seios

Barulho na porta

Pulo a janela

Nunca mais te vejo

Contemporânea Esquizofrenia

Perdido em minhas fantasias

Percebo de forma abstrata

[a liberdade]

Vejo pessoas presas condenadas 

condicionadas a essa realidade

De que vale a razão

se é da loucura a compreensão

De que vale ser livre

se os pés estão colados no chão

Critica a sociedade vazia?

Não, lisérgica megalomania.

Fênix

Em meio a festas sorrisos e alegria
Botaram-me preço e eu nem sabia
Nisso minha parte mais bela renascia
E de show em show perdia a vida

Antagônica a minha parte que brilha
Almas tristes, amigos de sorriso cinza
Fabricavam nelas meu pranto que jazia
E minha parte feia nestes rostos refletia

Porem muito ainda restava disso tudo
Meus velhos amigos, a galera do tubo
Gritando: viva ainda te resta o mundo!

E me vi vivo de novo, inocente e puro
Enlaçador de mundos, leonino vagabundo
Como eu nasci, pelado, banguelo e barbudo

Amiga

No vazio mudo do peito
O brilho do olhar fez casa
Sem lagrimas congela se apaga
Esperando a sorte que em outro
O calor do amor te resgata

Carlos Taepo

Bia flora

Flor que enche o mundo de cor
Que de tanto amor é tão amada
Flor que enche o mundo
de pétalas que encanta
a dança parada

Flor que enche o mundo de cor
que colore minha vida descalça
Flor que no teu calor
Seu perfume me abraça

poesia

Quando falava o que penso
Me chamavam de louco
Quando fiquei calado
Reclamavam do silêncio
Hoje minto o que sinto
E me chamam de poeta