BICHINHO

Nasceu, não sei se cedo

Súbito sem rédias
Como um louco devaneio

Minha alma sem jeito
Festeja caprichos e desejos

Musicas em meu peito

Selênico esperava por carinho

Meu amor que não falava
Agora sussurra; Bichinho

Trinta

Turbilho adolescente 
Fênix lagarta semente

Trava medo aurora

Pedaço sem volta

Atrasado chegado agora

Que me põem menino

Viro homem que chora

Aos trinta inseguro

Feliz poeta, e jaguara

Flou

Digo com todos sentidos
Não explico o que sinto

Harmônicas ditam
o que sem cálculo rimo
no silêncio das palavras
de um sorriso


Carlos taepo

Sempre

Forjada em fogo mel
Forte, livre, linda e fiel
Loba, amante e amiga
Febre delírio e calmaria


Sereia esculpida em lendas
fora dos sonhos, terrena
Feitiço amor e destino
Vida à vida encontros lindos 

Dom?

Concreto sacudo 

e misturo palavras

Embelezo, rimo e profetizo

emocionando cada qual 

ao seu estilo

positivo ou negativo

Por nada ter, dito: 

consigo

Hai fly

  Assim em mim
      me sente em ti
           Assim pra mim
                   não é sentir


                       Carlos Taepo

Dito

   Correndo sem alcançar
   o novo
   Pensando no que fazer
   tento o criativo

   Com poesia sem letra
   nunca feita
   Como livro proibido
   sem ter existido

   Caçando o autor
   ou pelo seu arbítrio
   Frustro ao perceber
   que essa já tenho escrito


   Carlos Taepo